segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Dólar ‘Tão Bom Quanto o Ouro’

Os membros do Fundo concordaram quanto ao princípio de que o valor da moeda de cada nação se basearia em sua paridade ao dólar dos EUA. O dólar, por causa do vigor financeiro e industrial dos EUA, era a mais forte moeda daquele tempo.

Concordou-se também que o dólar seria aceito como forma de reservas em qualquer destes países. E, o que apoiaria o dólar de papel? Ouro. Qualquer nação que possuísse dólares poderia devolvê-los aos EUA e obter ouro em troca ao preço estabelecido de 35 dólares a onça.

O ouro sempre tem tido seu valor intrínseco. Diferente do papel-moeda, o ouro sempre se acha em demanda para uso na indústria, em joalheria, na arte e de outras formas. Assim, se uma nação do Fundo começasse a acumular dólares demais, poderia devolvê-los aos EUA, e obter ouro em troca. Sim, o dólar era ‘tão bom quanto o ouro’.

Por causa deste sistema, quando o comerciante estadunidense comprava uma máquina alemã, sabia de antemão quanto valia o dólar em marcos alemães. E, o alemão sabia que podia reter o dólar, gastá-lo na compra dum produto estadunidense, trocá-lo por outra moeda, ou devolvê-lo e obter ouro. Tudo isto facilitava o comércio mundial.

Por que, porém, as nações têm de comerciar e passar por tudo isto? Porque diferentes países produzem itens de modo mais econômico do que outros. Podem usar tais coisas a fim de obter bens que não produzem de forma alguma ou não podem produzir com eficiência.

Por exemplo, o Japão vende muitos itens, tais como automóveis, televisões e rádios, a outras nações. Usa parte do dinheiro que recebe destas vendas para comprar petróleo no Oriente Médio. Por que petróleo? Porque o Japão não produz nenhum petróleo, por assim dizer. Sem petróleo, sua indústria pararia por completo. Assim, vende o que produz bem e usa o dinheiro para comprar o que não produz bem.

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