domingo, 25 de abril de 2010

Os Advogados Discordam

Muitos advogados, ordens de advogados e sindicatos, discordam de forma veemente deste conceito. Apontam que a explosão de litígios não existe. Indenizações extravagantes, tão amplamente anunciadas, são com freqüência reduzidas nos tribunais de recursos. Alguns se queixam, também, de que as seguradoras dependem demais de anedotas como as alistadas na página 11, a título de evidência, ou pior ainda, de contarem histórias incompletas.
Considere, para exemplificar, o último dos processos no painel de “Processos Frívolos?”. Os eventos relatados são bem verídicos, mas não contam a história toda. Amiúde se omitiu, por exemplo, que a clarabóia estava toda pintada, e não podia ser diferençada do teto à noite e que alguém tinha morrido recentemente num acidente similar, numa escola vizinha. A escola acusada sabia deste perigo e estava planejando mudar a clarabóia. Ademais, o assaltante poderia ser descrito mais exatamente como um pregador de peças. Ele concluíra recentemente o curso secundário e tentava mudar um holofote para iluminar uma quadra de basquete.
Os críticos acusam a indústria de seguros de ter provocado esta crise sobre si mesma. Como? Eles reduziram drasticamente os prêmios, e até mesmo aceitaram assumir altos riscos, em fins da década de 70, apenas para atrair mais dólares de prêmios para investir com base nas altas taxas de juros então disponíveis. Mas quando os juros caíram, as seguradoras se viram em dificuldades. Reagiram com enormes aumentos dos prêmios.
Os advogados apontam, ademais, para a campanha publicitária de US$ 6,5 milhões, montada pelas seguradoras (nos EUA), para denunciar a explosão de litígios, acusando-a de ser apenas uma trama, primeiro, para desviar das seguradoras a culpa pelos altos prêmios, e, em segundo lugar, para impulsionar a reforma quanto às indenizações, modificando os tribunais civis. Os críticos alegam que a indústria só está empenhando-se por tal reforma para não ter de pagar tão grandes somas às pessoas prejudicadas.
Em suma, os advogados acusam as seguradoras de ganância.

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