segunda-feira, 26 de abril de 2010

“Segurança” Questionável

Mesmo as pessoas que têm dinheiro no banco começam a sentir-se um tanto inseguras, nos anos recentes. Isto se deve a que houve falências de grandes bancos.
Nos Estados Unidos, o “Franklin National”, um dos vinte maiores bancos daquela nação, faliu. Na Alemanha, sofreu insolvência o grande “Bankhause Herstatt”. Vários outros bancos também faliram. E outros deixaram de receber tantos empréstimos, com datas de pagamento já vencidas, que Martin Mayer, numa pesquisa meticulosa, intitulada “Os Banqueiros”, declarou: “Há bilhões de dólares de perdas potenciais dos empréstimos no sistema, e o relógio tiquetaqueia em direção ao momento de sua detonação. A estrutura bancária que se está gerando agora pode entrar em colapso.”
Mas não seria isso impossível nos Estados Unidos? Não são “seguros” os depósitos de até US$ 40.000, sendo garantidos por agências tais como a “Federal Deposit Insurance Corporation” (Empresa Federal de Seguros de Depósitos)?
É verdade, mas é interessante o que Alvin Toffler diz em seu livro The EcoSpasm Report (O Espasmo da Economia, tradução de Marina de Távora, p. 55): “Os responsáveis pela FDIC . . . [sabem] o que a maioria do público ignorava: que a agência tinha apenas dinheiro suficiente para cobrir aproximadamente um por cento dos depósitos. Não seria possível enfrentar a corrida desenfreada de centenas de milhares de correntistas apavorados.”
É tal demanda desenfreada que as autoridades temem. Isto poderia acontecer no caso de apenas alguns países falirem, ou se, devido a uma série de insolvências de empresas ou de cidades, um grande número de bancos começasse a ir por água abaixo.
No entanto, em 1976, não houve certa recuperação econômica com relação à recessão anterior? Houve, sim, e espera-se que haja ainda mais. Esse é o padrão nas décadas recentes. Mas as recessões estão ficando mais graves, e as recuperações mais moderadas, havendo uma taxa mais elevada de desemprego permanente.
No que tange a isto, Baxter disse, no ano passado: “A economia, por certo, está-se recuperando. Mas, está sendo apoiada apenas por fina camada de liquidez [dinheiro, ou bens facilmente conversíveis em dinheiro] por um lado, e por maciços déficits orçamentários do outro. A história tem provado que estes últimos destroem a liquidez, a longo prazo.”

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