Que país, que economia, pode pretender o isolamento deste sistema globalmente interligado e interdependente? Os países africanos? Os editores de um mensário de negócios que faz o monitoramento da economia africana afirma que “as economias africanas são muito vulneráveis aos choques provindos do exterior”. Que dizer dos países latino-americanos? Um editor do Jornal do Brasil disse que a crise das bolsas de valores era parte de uma crise financeira internacional. Que dizer do Oriente Médio? O vice-editor de Ma’ariv, de Tel-Aviv, citou um ditado de um ex-primeiro-ministro de Israel: “Se os Estados Unidos pegam resfriado, Israel espirra.”
Quem, então, está a salvo das atuais tempestades econômicas? Se se dissesse a um passageiro que tomava sol no convés dum transatlântico que o navio apresentava um buraco no casco lá embaixo, poderia ele razoavelmente sentir-se imune ao perigo só por estar bem longe do local do problema? Não; todas as partes do navio estão interligadas — nenhuma delas flutua sozinha. O mesmo se poderia dizer das economias do mundo. A dificuldade de uma poderia significar problemas para o leitor ou leitora.
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