quarta-feira, 21 de abril de 2010

Baixo Imposto de Renda, Dinheiro Estável

O imposto de renda é pago ao governo federal quando a pessoa ganha mais de 12.000 bolívares (NCr$ 10.700,00). Não há impostos estaduais nem municipais. A carga fiscal total, 12,5 por cento do produto bruto nacional, é decididamente inferior à de quase 30 por cento nos Estados Unidos, 35 por cento na Alemanha, 39 por cento em França e 41 por cento na Suécia. É óbvio, então, que há um clima fiscal amigável na Venezuela, clima este que incentiva o investimento. Este, por sua vez, ajuda a expandir a economia.
A Venezuela ocupa ímpar posição. Mantém as mais elevadas reservas monetárias da América Latina, algo que ajuda o bolívar a manter sua posição favorecida. A estabilidade e a livre conversibilidade do bolívar têm resultado em seu uso em outros países em transações creditícias, em especial desde que a moeda da Venezuela foi reconhecida em 1966 como moeda “forte” pelo Fundo Monetário Internacional.
Segundo certo estudo econômico efetuado pelo “First National City Bank” de Nova Iorque, “parte do êxito da Venezuela pode ser atribuída ao alto nível das exportações de petróleo, mas seu registro invejável de crescimento econômico, a relativa estabilidade dos preços, os saldos da balança de pagamentos e a forte posição das reservas internacionais têm de ser atribuídos a sólida política fiscal que habilitou o país a derivar grande benefício deste importante recurso natural”.
Conforme certo economista venezuelano se expressou: “Neste país, a estreiteza e o atraso econômicos se contrastam com a abundância. Isso quer dizer, existem duas Venezuela profundamente diferentes: a Venezuela que não deixou o passado, junto com suas velhas casas, suas velhas tradições, seus primitivos sistemas econômicos, e a Venezuela do petróleo, de edifícios modernos, de carros custosos, de instalações custosas para diversões; a Venezuela dos patriarcas e peões de terra e a Venezuela dos homens de negócios, dos construtores, dos industriais, dos peritos em tecnologia e uma crescente classe média; a Venezuela das alpargatas, dos machetes, dos chapéus de aba larga, das palhoças e da casave (pão feito da raiz da iúca) e a Venezuela dos hotéis luxuosos e dos famosos costureiros.”
Sim, tais contrastes e muitos mais podem ser vistos na Venezuela hodierna. Mas, será que a estabilidade política e sólidas diretrizes fiscais continuarão a manter uma economia saudável e crescente? É isso que muitos venezuelanos devem perguntar a si mesmos, ao observarem um país após outro que já trilhou a vereda que agora trilham e que se tornou vítima de idéias divisórias, de política debilitante e duma série inteira de males acompanhantes. No ínterim, a economia do país corre rapidamente adiante.

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