Certa medida de endividamento pode ser aceitável, mas isto exige discernimento e cuidadosa administração. Por exemplo, a maioria das pessoas não pode comprar uma casa sem incorrer em dívidas. É irrealístico pensar que uma família tem de viver em casa alugada até economizar o bastante para comprar uma casa à vista. Isso, provavelmente, jamais acontecerá. Antes, a família talvez ache que o dinheiro que paga de aluguel pode ser canalizado para o pagamento duma prestação mensal ou hipoteca da casa. Embora este plano talvez leve anos, eles concluem ser mais prático.
Quando compreendemos que o valor da casa provavelmente aumentará com o tempo, segue-se que, embora os pagamentos da prestação ou da hipoteca sejam maiores do que o dum aluguel, a família ficará em melhor situação, uma vez que terão um lucro líquido, que é o valor da casa, menos o saldo devedor. Uma hipoteca ou prestação da casa financiada, numa taxa razoável, com pagamentos ao alcance da família, pode, assim, ser uma dívida aceitável. O mesmo se pode dizer de outras grandes compras necessárias da família.
Outras formas de dívida podem ser inteiramente inaceitáveis. Administrar dívidas inclui a capacidade de rejeitá-las. Talvez a melhor regra seja: Não compre aquilo que não precisa e não tem meios de pagar. Evite comprar por impulso. Mesmo que o preço de algo seja apenas a metade do usual, não será uma pechincha se não puder pagá-lo. Não faça empréstimos para comprar itens de luxo. Não faça viagens de férias a menos que possa pagá-las antes de viajar. Seja o que for que comprar, isso terá de ser pago mais cedo ou mais tarde. Cartões de crédito são úteis para evitar levar dinheiro vivo, mas são muito caros quando usados como meios de obter empréstimos.
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