terça-feira, 20 de abril de 2010

Princípios que se deve levar em conta

A Bíblia não é um manual sobre assuntos financeiros. Não trata de todos os detalhes envolvidos em emprestar ou tomar emprestado. Questões como se se deve ou não cobrar juros, ou quanto cobrar, ficam por conta dos envolvidos. Mas a Bíblia, de fato, fornece princípios claros e amorosos que devem orientar a atitude e o proceder dos que emprestam ou tomam emprestado.
Veja alguns princípios que se aplicam a quem toma emprestado. O apóstolo Paulo incentivou os cristãos a não ‘ficar devendo coisa alguma a ninguém, exceto que se amem uns aos outros’. (Romanos 13:8) Embora o princípio que Paulo expressou fosse bem abrangente, podemos encarar seu conselho como um alerta para não contrair dívidas. Às vezes, é melhor continuar sem algo do que ficar devendo dinheiro. Por quê? Provérbios 22:7 explica que “quem toma emprestado é servo do homem que empresta”. Aquele que tomou emprestado tem de reconhecer que, enquanto não restituir o empréstimo, está sob uma obrigação. De certa forma, seus recursos não lhe pertencem inteiramente. A prioridade máxima na sua vida deve ser saldar sua dívida em harmonia com os termos acertados. Caso contrário, podem surgir dificuldades.
Por exemplo, se o tempo for passando sem que aquele que fez o empréstimo receba o pagamento, ele pode acabar ficando irritado. Talvez comece a ficar desconfiado se a pessoa que tomou emprestado passar, por exemplo, a comprar roupas novas, comer em restaurantes ou sair em viagens de férias. Pode surgir ressentimento. O relacionamento entre eles ou mesmo entre as duas famílias pode ficar estremecido ou até degenerar de vez. Essas podem ser as tristes conseqüências se aquele que toma emprestado não cumprir sua palavra. — Mateus 5:37.
Mas e se alguém toma dinheiro emprestado e de repente não pode cumprir sua parte devido a circunstâncias além do seu controle? Será que isso cancela a dívida? Não necessariamente. O salmista diz que o justo “jurou concernente àquilo que é mau para ele próprio, e ainda assim nada modifica”. (Salmo 15:4) Nesse caso, a coisa amorosa e sensata a fazer é explicar imediatamente a situação àquele que emprestou. Daí, poderão chegar a um acordo alternativo. Isso ajudará a manter a paz e alegrará a  Deus. — Salmo 133:1; 2 Coríntios 13:11.
Na verdade, o modo como a pessoa cuida de suas dívidas revela muito sobre ela. Uma atitude indiferente e acomodada em relação à restituição revela falta de interesse pelos outros. De fato, quem tem essa atitude mostra egoísmo; seus desejos e vontades vêm em primeiro lugar. (Filipenses 2:4) O cristão que deliberada e conscientemente se recusa a saldar suas dívidas põe em risco sua posição perante Deus e suas ações podem revelar um coração ganancioso e mau. — Salmo 37:21.

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