segunda-feira, 19 de abril de 2010

Crescem os Problemas




O sistema concordado em 1944 funciona enquanto as nações gastam cerca da mesma importância que recebem. É como a pessoa que recebe Cr$ 1.000,00 por semana. Talvez gaste um pouco mais esta semana, mas um pouco menos na semana seguinte. Por um período de tempo, não terá problemas se equilibrar suas contas, gastando mais ou menos o que recebe.

Contudo, quando habitualmente gasta mais do que ganha, então caminha para dificuldades. Quando a nação faz o mesmo no comércio mundial, também caminha para dificuldades.

Em 1950, devido aos gastos dos EUA nos outros países, os estrangeiros possuíam cerca de 8,6 bilhões de dólares dos EUA. Mas, isso não era problema. Os EUA possuíam cerca de 22,8 bilhões de dólares em ouro para sustentá-los, enorme reserva. A qualquer hora que os outros países desejassem, podiam devolver seus dólares e obter ouro. Sim, em 1950, o dólar ainda era ‘tão bom quanto o ouro’.

No entanto, dez anos depois, em 1960, aquela reserva de ouro havia desaparecido! As reservas estrangeiras em dólar totalizavam mais do que o ouro possuído pelos EUA. E por volta de 1970, a situação piorara muito mais. Segundo certo cálculo, os estrangeiros detinham mais de 43 bilhões de dólares, mas os EUA possuíam apenas um pouco mais de 11 bilhões em ouro. Deviam aos estrangeiros cerca de quatro vezes mais do que podiam pagar!

Nem a situação está melhorando. Com efeito, 1970 presenciou o maior desequilíbrio já existente. Apenas naquele ano, os EUA incorreram num déficit surpreendente de 10 bilhões de dólares em todas as suas transações no ultramar. E, apenas nos primeiros três meses de 1971, o déficit totalizava atordoante 5,5 bilhões de dólares!

O que aconteceria agora se as outras nações exigissem ouro em troca de todos os seus dólares? Responde Newsweek: “Os EUA mui certamente fechariam as portas, lançando o sistema monetário internacional . . . num período de confusão. E é neste ponto que o país das maravilhas das finanças internacionais afeta a vida diária: o resultado de tal caos poderia ser uma depressão mundial semelhante à depressão da década de 1930.”

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