quarta-feira, 21 de abril de 2010

Crescente Carga




Com o decorrer das décadas, alguns vieram a considerar tais deduções como carga sempre crescente. Acham que o imposto, em especial para as famílias de baixa renda, está realmente começando a prejudicá-las.

Quando se introduziu inicialmente a previdência social nos EUA, o empregado tinha de deduzir apenas 1 por cento de seu salário. O patrão acrescentava outro 1 por cento. Mas, em 1975, o imposto era quase seis vezes superior.

Não só o imposto pulou quase seis vezes, mas o total tributável também ascendeu dramaticamente. De início, a renda máxima que podia ser tributada para a previdência social era de US$ 3.000 por ano. Mas, esse total continuou crescendo, alcançando US$ 14.100 por ano em 1975. E, em fins de 1975, o governo dos EUA anunciou que, em 1976, a renda tributável para a previdência social subiria para US$ 15.300.

Assim, houve um aumento duplo — na porcentagem deduzida da renda e também no total seduzível da renda. Quão enorme este tipo de aumento de tributos se tornou pode ser visto pela seguinte comparação: 1 por cento dos US$ 3.000 iniciais era apenas US$ 30; mas 5,85 por cento dos US$ 14.100 de 1975 representam US$ 824,85, e, em 1976, planeja-se que seja de US$ 895,05. Isso representa gigantesco aumento nas deduções máximas nos cheques de pagamentos da pessoa — cerca de trinta vezes mais do que no início do programa. É algo muito maior do que qualquer aumento do custo de vida no mesmo período, devido à inflação.

Uma das razões principais por que alguns encaram isto como crescente carga tributária é que se trata duma adição a todos os demais impostos que a pessoa tem de pagar. E estes, também, vêm aumentando com o passar dos anos. Os impostos de consumo municipais, certa vez inexistentes, subiram significativamente, sendo agora de 6 a 8 por cento em alguns lugares dos EUA. Há impostos de consumo estaduais hoje em lugares onde não havia nenhum, anos atrás. Os impostos prediais e territoriais também subiram. E, daí, há o imposto de renda federal. Agora, os trabalhadores estadunidenses acham-se tão pesadamente tributados que muitos deles deduzem mais de um terço de sua renda em pagamento destes vários gravames.

Outros países também presenciam similares aumentos dos impostos da previdência social. Na Alemanha Ocidental, em 1975, a dedução mensal media era de 9 por cento tanto do empregado como do empregador até uma quantia máxima de 33.600 marcos alemães por ano (cerca de Cr$ 134.000,00). Se um empregado ganhasse menos de 280 marcos por mês (cerca de Cr$ 1.200,00), então o patrão tinha de pagar os inteiros 18 por cento. A respeito do sistema daquela nação, U. S. News & World Report disse:

“O sistema de previdência social da Alemanha Ocidental, já tão oneroso que alguns administradores afirmam que prejudica seu planejamento de investimentos, será ainda mais custoso no próximo ano.

“O Governo decretou um aumento de 50 por cento nas deduções dos patrões e dos empregados para o fundo de seguro-desemprego de Bonn. . . .

“Para o industriário mediano alemão, isto significa uma contribuição pessoal de quase US$ 130 por mês. Seu patrão entrega outros US$ 130 e assume ainda outros encargos do tipo da previdência social. . . .

“Os custos da previdência social subiram vertiginosamente — de cerca de 128 milhões de dólares anuais, no caso dum grupo de firmas alemãs, para 240 milhões, três anos depois.

“É por isso que os executivos afirmam que esta desaparecendo a possibilidade de operações de investimento.”

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