segunda-feira, 19 de abril de 2010

‘Leva ao Colapso’

Em fins de 1973, o Times de N. I. trazia esta manchete: “Teme-se que o Surto Econômico da Europa Leve ao Colapso.” Por volta da mesma época, declarava U. S. News & World Report: “Generaliza-se entre os banqueiros, os economistas e os políticos de toda a Europa, o temor de que os governos estejam perdendo o controle sobre a espiral dos salários e dos preços, e que a inflação galopante leve ao desastre econômico.”

Ao passo que, há apenas alguns anos, os economistas que fariam tais predições ominosas eram apenas poucos, agora são cada vez mais numerosos. Nicholas L. Deak, presidente duma grande firma de câmbio estrangeiro na América do Norte, disse que ‘a inflação levará a uma depressão mundial que fará a de 1930 parecer um feriado de verão’. Disse também: “A inflação cria um surto de progresso que termina em desastre. Não se pode inverter a tendência sem uma grande depressão.”

O Financial Times de Londres chamou as perspectivas para o futuro próximo de algo que “faz gelar a espinha”, comentando:

“Quando o Dr. Schaefer, o altamente respeitado presidente do maior banco da Suíça, avisou recentemente sobre o perigo de o inteiro sistema econômico [do mundo] ‘enfrentar um fim trágico’, não estava exagerando.

“Estava apenas ressoando francamente uma preocupação que até mesmo os observadores mais sóbrios do cenário internacional não mais acham fácil de desprezar — que . . . a inflação já atingiu o ponto em que nada mais conseguirá impedi-la de destruir por completo a base monetária do mundo, com conseqüências por demais temíveis de se contemplar.

“O Dr. Schultz, o cronista das finanças internacionais, expressa-se sem rodeios quando afirma, em sua mais recente carta, que . . . ‘O dinheiro está morrendo.’”

Um parlamentar britânico, Sir Henry d’Avigdor-Coldsmid, banqueiro a quem o Sunday Telegraph de Londres, de 22 de julho de 1973, descreveu como “o próprio modelo da cautela judicial”, avisou:

“Quando o [Monte] Vesúvio entrou em erupção, os cidadãos de Pompéia provavelmente discutiam planos para novos banhos públicos. Sem dúvida essa era uma questão de grande peso para eles, mas estavam inteiramente desapercebidos do dilúvio de morte e destruição que estava prestes a descer sobre eles . . .

“Confrontamos o que equivale a uma erupção do Vesúvio. A inflação dos preços por todo o mundo, nos últimos 18 meses, é algo que trará grande parte do mundo ocidental, conforme o conhecemos, a um fim.”

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