domingo, 18 de abril de 2010

Adequado para todos?

Alguns economistas da UE e dos Estados Unidos salientam que, embora haja considerável vontade política para a implantação da moeda única, as economias européias são fragmentadas, os povos são muito apegados a seu país, e suas culturas são imensamente diferentes. Assim, ao contrário dos americanos, os europeus que perdem o emprego estão menos dispostos a fazer as malas e se mudar para longe a fim de encontrar trabalho. Alguns especialistas acreditam que essa fragmentação priva as nações européias dos amortecedores necessários para se compartilhar a mesma economia, e, por extensão, a mesma moeda.

Sob o sistema de moeda única, dizem os críticos, os governos perderão a flexibilidade para lidar com seus problemas econômicos. Dizem que o euro transferirá o poder dos países para o novo Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha. Isso, por sua vez, aumentará a pressão pela coordenação das leis tributárias e de outras políticas econômicas no continente. Os críticos argumentam que os corpos executivo e legislativo de Bruxelas e Estrasburgo ganharão poder. De fato, o Tratado de Maastricht exige uma união política que por fim acabará sendo responsável pela política exterior e de defesa, além da econômica e da social. Será suave e tranqüila essa transição? Só o tempo dirá.

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