segunda-feira, 19 de abril de 2010

Quem pode ajudar?

Em quase todos os casos é melhor consultar alguém que tenha experiência em preparar testamentos para ajudá-lo a entender os meios disponíveis para atingir seus objetivos. Seu testamento deve ser preparado de acordo com seus objetivos e circunstâncias peculiares. Talvez seja necessária a ajuda de vários conselheiros, como um contador, um consultor financeiro e um advogado. Se você deseja incluir uma entidade filantrópica no testamento, talvez o departamento de doações planejadas da entidade lhe dê assistência gratuita. Por exemplo, o Departamento de Doações Planejadas da Sociedade Watch Tower (ou de suas congêneres) dá ajuda aos que estão interessados em incluir a Sociedade no testamento. Muitos se beneficiaram desse serviço recebendo sugestões claras sobre como cuidar de seus assuntos da melhor maneira a fim de diminuir os impostos e aumentar os benefícios para as pessoas queridas e para a Sociedade.

Embora muitas pessoas possam ajudar na preparação do testamento, um advogado especializado no assunto deve cuidar do documento final e da papelada necessária. Não hesite em perguntar a formação e a experiência do conselheiro testamentário. Se você tiver uma preocupação específica, como passar um negócio para a família ou providenciar cuidados para um parente inválido, pergunte ao conselheiro se ele tem experiência nessas áreas. Sempre indague quais serão os honorários e faça um contrato por escrito.

Em questões de planejamento testamentário, ter pouco conhecimento pode ser perigoso. Veja, como exemplo, um casal que chamaremos de Paulo e Márcia. Eles queriam que seus bens fossem igualmente distribuídos entre as três filhas. Visto que uma delas, Sara, morava perto, decidiram colocar o nome dela como co-proprietária de seus bens. ‘Desse modo’, pensaram, ‘Sara poderá administrar nossos bens se ficarmos inválidos. Além disso, quando morrermos ela será a única dona e não precisaremos ter um testamento e nem fazer inventário. Ela simplesmente terá de dividir o que sobrar com suas irmãs depois da nossa morte’.

Mas as coisas não saíram como Paulo e Márcia planejaram. Depois da morte dos pais, Sara realmente dividiu o espólio com as irmãs, mas para fazer essa transferência ela teve de pagar um imposto que reduziu muito a sua parte. Além disso, ser co-proprietária não lhe deu a autonomia que os pais dela esperavam para administrar os bens. Os objetivos de Paulo e Márcia eram bons. Queriam se assegurar de que seriam cuidados caso ficassem inválidos. Queriam também que seus bens fossem transferidos para as filhas de forma tranqüila e barata. Mas eles escolheram os meios errados para alcançar seus objetivos.

Preparar o testamento não é algo que se faz e dá por encerrado para o resto da vida. É preciso revisá-lo periodicamente porque ocorrem mudanças nas leis de impostos e de herança, bem como nas circunstâncias na vida. A morte de um parente, o nascimento de um neto, uma herança recebida e o aumento nos bens são eventos que podem tornar necessária uma revisão no testamento.

De fato, preparar um testamento é um desafio. É necessário tempo, energia e dedicação. E muitas vezes precisam-se tomar decisões difíceis. É um assunto que envolve muito as emoções. Tem a ver com as pessoas e as causas com as quais você se importa e com seus desejos quanto ao futuro. É preciso muita reflexão para decidir o que se quer fazer com os próprios bens e determinar o melhor modo de atingir esse objetivo. Mas se a pessoa não der atenção a esse assunto, podem surgir problemas graves, conforme ilustrado pelos episódios relatados no início deste artigo. As recompensas sem dúvida mais do que compensarão os custos. A maior delas é a paz mental de saber que você tem um testamento atualizado que protegerá as pessoas que ama.

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