segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por que é bom e sensato preparar um testamento

O CASAL Peixoto estava desapontado. Contavam com o dinheiro da venda de suas propriedades para ajudá-los a complementar sua aposentadoria e achavam que talvez até sobrasse algo para darem um bom presente aos filhos. Essas esperanças se desfizeram quando venderam as propriedades e tiveram de pagar impostos altíssimos.

O casal Sousa também tinha propriedades que, ao longo dos anos, se valorizaram bastante. Ao vendê-las seguindo um procedimento especial, garantiram uma renda para sua aposentadoria, deram um belo presente para os filhos e ainda doaram algo para uma entidade filantrópica.

Rosa Junqueira se viu num beco sem saída. Logo depois da morte prematura do marido, ela passou a receber, dos governos estadual e federal, papelada que não entendia. Seu marido, João, sempre cuidara das finanças, incluindo o pagamento de impostos, a obtenção de seguro de vida, e assim por diante. Ele sempre lhe dizia para não se preocupar; “eu cuido de tudo”. Mas visto que ele morreu sem deixar testamento, alguns dos bens dos quais ela dependia para o sustento estavam bloqueados. Foi aconselhada a contratar um advogado para ajudá-la a descobrir que bens o marido deixara e como transferi-los para o nome dela. Também lhe disseram que, pela lei, parte desses bens seria transferida para os filhos que o marido tivera num casamento anterior, embora ela soubesse que esse não era o desejo dele. O terrível fardo da viuvez foi agravado ainda mais por ela não saber o que fazer e pela preocupação com o custo para colocar as coisas em ordem.

Maria Ferreira também passou pela tragédia de perder o marido prematuramente. Ficou mais tranqüila ao saber que o marido fizera um bom seguro de vida para que ela e os dois filhos tivessem o sustento. Ela também ficou sabendo que bens passaram para o nome dela logo após a morte do marido e quais passariam depois através do testamento dele. Embora tivesse de enfrentar os desafios de ser viúva, ela ficou muito grata pela consideração do marido em organizar os negócios para que sua morte não tivesse praticamente nenhum impacto financeiro sobre ela e os filhos.

O que fez a diferença no caso do casal Sousa e de Maria Ferreira? O testamento.

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