domingo, 18 de abril de 2010

Os anos de crise

Antes da década de 70, o México era considerado economicamente estável. Com o valor do peso cotado em 12,50 por dólar, a economia estava basicamente equilibrada e a dívida externa mais ou menos sob controle. Mas, na década de 80, quando parecia que haveria um rápido desenvolvimento econômico devido à descoberta de mais petróleo no México, surgiu, paradoxalmente, uma crise, de modo que em 1987 o México atingiu seu mais alto índice de inflação.

Naquela época era muito difícil acompanhar a demanda de dinheiro, e o governo continuava emitindo moeda corrente que se desvalorizava a cada dia. Grandes somas passaram a ser retiradas do México para ser guardadas com mais segurança em bancos do exterior. Havia pouca diferença entre a desvalorização do peso e o índice de inflação. Em 1992, quando a taxa cambial era de 3.110 pesos por dólar, a desvalorização já havia ultrapassado 24.000% desde a década de 70, quando a taxa era de 12,50 pesos.

Nos dois períodos de seis anos antes de 1988, a maior parte das medidas tomadas pelo governo para resolver os problemas mencionados acima parecia contraproducente e minava a economia mexicana. A desconfiança, tanto dentro do país como fora, começava a espalhar-se, ainda mais quando o México anunciou, em 1982, que não tinha condições de pagar nem sequer os juros da sua dívida externa.

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