segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cartões de crédito: servirão ou escravizarão você?

“O INSTANTE em que recebo a fatura mensal do meu cartão de crédito vira uma tragicomédia”, diz um professor de inglês nos Estados Unidos. “Incrédulo, fito os olhos no débito, como se um estranho ser dentro de mim, algum monstro, tivesse saído por aí numa orgia de gastos em lojas de brinquedos, loja de eletrodomésticos, supermercados e postos de gasolina.”

Dolores também acha fácil endividar-se. Diz ela: “Usar cartões de crédito não dói. Eu não gastaria dinheiro vivo desse jeito. Comprar com cartões de crédito é diferente. Você nunca vê o dinheiro. Basta entregar o cartão, e o cartão volta para você.”

Não é para menos que a dívida em cartões de crédito nos EUA, em junho de 1995, totalizasse US$ 195,2 bilhões de dólares — mais de US$ 1.000 por usuário, em média! No entanto, as administradoras de cartões continuam a cortejar novos clientes com incentivos tais como baixas taxas de juros iniciais e isenção de anuidades. Quantas ofertas de cartão de crédito você recebeu nos meses recentes? A família americana mediana recebe uns 24 por ano! O usuário típico nos EUA usou dez cartões de crédito em 1994, comprando a prazo 25% mais do que no ano anterior.

No Japão, há mais cartões de crédito do que telefones; uma média de dois cartões por japonês com mais de 20 anos. No restante da Ásia há mais de 120 milhões de cartões emitidos, cerca de um cartão por 12 habitantes. James Cassin, da MasterCard International, diz: “A Ásia é, disparado, a região de maior expansão nas transações com cartões de crédito.” O presidente da Visa International, Edmund P. Jensen, prediz: “Seremos por muito tempo uma sociedade cartocêntrica.”

Evidentemente, os cartões de crédito invadirão cada vez mais o cotidiano das pessoas. Quando usados bem, podem ser um benefício. O mau uso, porém, pode ser doloroso. Noções básicas sobre cartões de crédito poderão ajudá-lo a usar esse instrumento financeiro em seu benefício.

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