quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os usos e abusos da previdência social


IMAGINE um país em que incontáveis homens, mulheres e crianças morrem devido à subnutrição; em que multidões vagueiam de um lugar para outro sem ter casa ou trabalho; em que centenas de milhares de pessoas moram em favelas esparramadas, habitando em “casas” feitas de caixotes ou de carroçarias enferrujadas de automóveis; em que mendigos vivem por roubar ou por apanhar restos de alimentos em latas de lixo.

Não, não se trata de algum pais asiático ou africano mergulhado na pobreza. Trata-se dos Estados Unidos da América, uns 50 anos atrás, durante a Grande Depressão. Naquele tempo, milhões de pessoas tanto na Europa como nos Estados Unidos estavam desesperadamente pobres, tendo pouca esperança de melhorar sua situação. Foi para evitar a reincidência de tal pobreza que muitos governos estabeleceram a previdência social, estatal.

Hoje, os que trabalham em muitos dos países industriais usufruem relativa segurança financeira, devido aos programas governamentais de auxílio financeiro. Em alguns lugares, eles recebem subvenções, tais como o salário-família. Talvez paguem impostos que lhes dão o direito de reivindicar benefícios que os ajudem a enfrentar períodos de desemprego, a pagar contas médicas, ou que lhes dêem pensões quando se aposentam. Nesses países, quando os cidadãos padecem necessidade, há amiúde assistência estatal à disposição deles para ajudá-los a sobreviver.

Todos esses programas são muito humanos. Não obstante, têm levado a problemas. Alguns estão contrariados porque desconfiam que seus impostos estejam sendo aplicados para sustentar pessoas que poderiam trabalhar para se manter, se assim desejassem. Outros talvez achem humilhante aceitar tais ajudas. Como deve o cristão encarar a previdência social? É correto aceitá-la? Existem quaisquer perigos?

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