sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não Há Posições Para Retirada Rápida

Mr. Kinley confrontava um dilema pessoal. Estava cansado e aborrecido com seu emprego. A alta direção ignorava por completo seus apelos contra inundar o mercado com produtos inferiores. Desde que a companhia se fundiu num conglomerado de firmas, a pressão de forçar os homens a trabalhar mais e a produção no máximo de capacidade apenas havia sido intensificada. A maioria dos homens em sua volta eram do tipo conformista, aceitando a ética da corporação assim como os patos gostam da água, famintos de progresso. Como age um homem diante de um poder corporativo avassalador, implacável e impessoal que usa e esgota os homens e descarta-se deles?

Que alternativas havia? Enquanto a firma era pequena e independente, era possível, em alguns casos, que, à medida que o homem envelhecesse, pudesse retirar-se para a segurança de uma posição quieta e fixa a que os homens mais jovens dificilmente aspiravam. Mas, agora havia uma tabela corporativa pendurada na parede do escritório do diretor-geral, tabela em forma duma pirâmide. Cada posição era um bloco em tal pirâmide; um degrau ascendente em que os homens mais jovens, mais fortes e mais capazes sempre estavam ansiosos de subir.

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