sábado, 22 de maio de 2010

“Não Comprei Isso!”

Se possuir um cartão de crédito, poderá receber uma conta cobrando-lhe algo que não comprou. Poderá ter acontecido um erro de débito, quer por parte do banco, quer da loja em que utilizou o cartão. No entanto, além de tais erros ocasionais de débito, todo possuidor dum cartão corre o risco de se tornar vítima de fraude.

Para que se use de modo fraudulento o seu cartão de crédito é preciso apenas ter acesso ao seu nome, ao número de sua conta, e à data de expiração de seu cartão. Cartões roubados ou perdidos, bem como cópias a carbono de suas notas de compras, podem fornecer a um ladrão esta valiosa informação. Alguns detentores de cartões receberam um telefonema de uma firma desconhecida, informando-lhes que eles ganharam um prêmio. Daí, mediante uma explicação muito bem feita, a pessoa ao telefone tenta persuadir o morador a lhe fornecer as informações necessárias de seu cartão de crédito, para poder usá-las de modo fraudulento.

Tem-se feito muita coisa para dificultar tal fraude. Os cartões antes eram simples pedaços de plástico com números neles. Por fim, acrescentaram-se informações codificadas numa faixa magnética. Agora, hologramas e mais complicados padrões impressos estão sendo utilizados. Em algumas localidades, fazem-se experiências com o chamado cartão esperto, que contém um microcomputador.

Ao passo que tais medidas tornarão a fraude cada vez mais difícil, o jornal The New York Times acrescentou: “Abundam por aí milhares de cartões falsos. E a maioria dos ladrões tem a garantia de pelo menos algumas horas de gastos à vontade antes de se pararem as transações feitas com um cartão roubado.” Recente informe indicava que, durante 1985, nos Estados Unidos, mais de US$ 700.000.000 foram perdidos com fraudes de cartões de crédito.

Em última análise, quem paga o pato? Ao passo que pareceria que os bancos pagassem, a revista Parents fornece uma resposta mais realista. Observa que os bancos “mantêm os juros cobrados pelos . . . cartões artificialmente elevados, a fim de cobrir as perdas incorridas com o mau uso deles”. Em aditamento, quando os bancos “pagam 7 ou 8 por cento na captação de dinheiro, e cobram do portador do cartão de crédito 16, 18 ou até mesmo 20 por cento, a enorme diferença lhes permite absorver o custo de muitas fraudes cometidas com cartões de crédito”. Sim, em última análise, quem paga o pato é todo portador dum cartão.

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