quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amor ao dinheiro: a raiz de muitos males

TODAS as gerações podem alegar que tiveram no seu tempo a maior de todas as corridas atrás do mais cobiçado de todos os bens da face da Terra: o dinheiro! Cada geração pode indicar as guerras que travou para obter riquezas, a duração delas muitas vezes determinada pela disponibilidade de dinheiro.

Mundialmente, milhões de pessoas já morreram por causa de dinheiro. Filhos de pais ricos são seqüestrados sob exigência de um resgate — dinheiro que os pais pagam pela sua devolução segura. Vigaristas privam suas vítimas insuspeitosas de todas as economias de sua vida. Casas são arrombadas em busca de dinheiro. Homens audaciosos têm sido taxados de “Inimigo Público Número Um” por um único assalto a banco. Nenhuma geração pode reivindicar exclusividade nesses atos vergonhosos. Nenhuma geração, por exemplo, presenciou ganância maior por dinheiro do que aquela que viu um desprezível criminoso trair seu melhor amigo, o maior homem que já viveu, por 30 moedas.

No final desta geração, porém, a corrida atrás desse sempre furtivo meio de troca, chamado por um escritor americano de “o todo-poderoso dólar, o grande objeto de devoção universal”, desceu a novas baixezas. Nenhuma outra geração presenciou assaltos mais audaciosos a bancos do que esta — milhões de dólares roubados de caixas de banco à mira de revólver, não simplesmente por homens e mulheres, mas até mesmo por jovens. Esses roubos são agora tão comuns que recebem pouca atenção dos meios de comunicação. Um sem-número de instituições financeiras faliram porque proprietários gananciosos manipularam ilegalmente o dinheiro de depositantes para fins pessoais, exaurindo assim os bens do banco e deixando muitos depositantes virtualmente arrasados financeiramente.

Que dizer dos trabalhadores de colarinho branco que embolsam milhões de dólares de seus empregadores na tentativa de provar os estilos de vida de pessoas ricas e famosas? Muito se poderia escrever sobre pessoas que ficam de tocaia em ruas mal iluminadas para roubar bolsas ou pastas dos transeuntes. E que dizer dos audaciosos assaltos à plena luz do dia, testemunhados por muitos, em que as vítimas são mortas e saqueadas? Em certas áreas urbanas os moradores lamentam: “A questão não é se serei assaltado na minha rua, mas sim quantas vezes.” Alguns até mesmo carregam ‘dinheiro para assalto’, para apaziguar o assaltante, que poderá em troca poupar-lhe a vida. Infelizmente, essa geração final do século 20 presencia a mais cruel busca de dinheiro que o mundo já viu.

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