A resposta, para grande alívio de multidões, provou ser Não. Cerca de dois anos depois da Segunda-feira Negra, muitos peritos, ao examinar os duradouros estragos causados pela tempestade, verificaram que eram mínimos. A economia dos EUA ainda estava em expansão. A taxa de desemprego era baixa. Afinal de contas, mesmo depois da Segunda-feira Negra, o mercado estava apenas 4 por cento abaixo do que estivera um ano antes; até mesmo conseguiu terminar o ano ligeiramente acima da média.
Muitos peritos consideraram a Segunda-feira Negra como o simples estouro duma bolha, uma correção mui necessária da valorização excessiva das ações. Se o “crash” deixou qualquer legado duradouro, este terá sido o da fuga recorde de muitos indivíduos do mercado acionário. ‘Jamais me meterei nisso de novo’, juram eles. E parecem estar falando sério.
Significa isso que a Segunda-feira Negra não teve importância? Longe disso! Alguns peritos acham que o “crash” deveria ser encarado como um aviso, que ele pôs em foco algumas das profundas falhas que partem de Wall Street e permeiam toda a economia mundial. Mas será que o mundo em geral acatou o aviso? Não, segundo um professor de economia, que disse à revista Time: “É como um grupo de adolescentes bêbados que dirigem um carro, e que pensam que apenas porque conseguiram fazer a última curva, conseguirão fazer também a próxima.”
Exatamente o que houve de errado com Wall Street? Poderia ocorrer novo “crash”? E será que há algo nisso que o atinge pessoalmente?
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