terça-feira, 1 de junho de 2010

Dominó Global?

De modo que os economistas temem que esses fatores possam contribuir para produzir um efeito de dominó mundial. Suponha que um país, ou um bom número de grandes empresas venham a falir. Um ou dois grandes bancos poderiam ir à bancarrota. Isso, por sua vez, poderia assustar depositantes de outros bancos, que poderiam desencadear um frenesi de saques bancários. Visto que os bancos mantêm apenas uma módica quantia de dinheiro em caixa, poderia haver uma maciça crise de liquidez. Os banqueiros correriam desesperadamente atrás de dinheiro. Essa reação em cadeia poderia se expandir e provocar um colapso econômico mundial!

Os banqueiros, contudo, dizem que tais acontecimentos são improváveis. David Rockefeller, ex-presidente do Chase Manhattan Bank, dos EUA, afirmou numa entrevista recente que o sistema bancário “é muito seguro”. “Os bancos fazem muitos negócios uns com os outros, de modo que há tremenda interdependência”, é verdade. Mas, ele acha “muito improvável” que tal efeito de dominó global derrube o sistema bancário mundial. Visto que o sucesso do sistema bancário reside na confiança do público, contudo, é compreensível que líderes bancários falem com tanto otimismo.

‘Mas um país certamente não permitiria que seus grandes bancos falissem’, talvez diga. Mas é exatamente isso o que o Banco Central da Itália fez! A falência do Banco Ambrosiano recebeu muita publicidade por causa de sua conexão íntima com o Vaticano. Quando esse banco envolvido em escândalo faliu, o Banco da Itália, para surpresa e consternação de banqueiros europeus, retirou seu apoio. Os banqueiros temem que isso possa ter estabelecido um precedente perigoso.

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