segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A crise da inflação — lide com ela sabiamente

“CASO continue neste ritmo por muito tempo, chegará a ocasião em que ninguém poderá comer. Em vez de apertando os cintos vamos ver pessoas comendo seus cintos”, disse um advogado brasileiro.

O Brasil tem sofrido severa inflação recentemente, mas não está sozinho nisso. Da gélida Islândia a tropical Gana, a maioria dos países — sejam comunistas ou capitalistas, democracias ou ditaduras — têm sofrido inflação em certo grau. Os entendidos discordam nas razões de por que isso se dá, porém uma coisa é certa: O povo comum tem de viver com ela. Como age o povo?

Para os ricos, os ajustes podem não ser muito dolorosos. Entrevistas com profissionais no Rio de Janeiro revelaram que alguns reduziram suas viagens ao exterior e outros despediram suas empregadas domésticas, enquanto um deles mudou de um uísque de alto preço para outro mais barato. Mas, o que dizer daqueles que não têm empregadas para despedir, ou que não se podem permitir mesmo uísque barato? Certo escriturário comentou: “Para pessoas de baixa renda, isto deve ser incrível!”

Certa nigeriana, mãe de três filhos, revelou a um repórter de jornal que, por causa da inflação, ela se viu forçada a parar de servir três refeições diárias à sua família. Agora serve apenas duas. “Eu não sou a única, perceba”, observou ela. “Centenas de outras [fazem-no] também.” É claro, duas refeições completas por dia ao invés de três não significa passar fome. Para algumas pessoas, entretanto, isso representa uma mudança substancial em seu padrão de vida.

Centenas de milhões de pessoas estão tendo de fazer mudanças drásticas em seu modo de vida. Como reagem?

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