quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Para onde vai o dinheiro

Temos de admitir que os governos gastam quantias enormes para funcionar e prestar serviços essenciais. Na França, por exemplo, uma em cada quatro pessoas trabalha no setor público. Isso inclui professores, funcionários dos correios, de museus e de hospitais, policiais e outros. Precisa-se de impostos para pagar todos esses salários. O dinheiro arrecadado também constrói estradas, escolas, hospitais e ajuda a pagar a conta de serviços como a coleta de lixo e os correios.

Os gastos militares são outro fator importante por trás da tributação. O imposto de renda foi coletado pela primeira vez dos britânicos ricos para financiar a guerra contra a França em 1799. Durante a Segunda Guerra Mundial, porém, o governo britânico começou a exigir da classe trabalhadora que também pagasse imposto de renda. Hoje em dia, manter a máquina de guerra das nações continua a custar caro, mesmo em tempos de paz. O Instituto de Pesquisas pela Paz Internacional, em Estocolmo, calculou que no ano 2000 os gastos militares no mundo foram cerca de 798 bilhões de dólares.

Impostos — preço de uma “sociedade civilizada”?

“Os impostos são o que pagamos por uma sociedade civilizada.” — Inscrição no prédio da Receita Federal americana, em Washington, DC.

OS GOVERNOS alegam que os impostos são um mal necessário — o preço de uma “sociedade civilizada”. Quer você concorde com essa idéia quer não, é evidente que o preço costuma ser alto.

Os impostos podem ser divididos em duas categorias: diretos e indiretos. O imposto de renda de pessoas físicas, de pessoas jurídicas e os impostos sobre imóveis são exemplos de tributos diretos. Destes, é bem possível que o imposto de renda seja o que provoca mais indignação, principalmente nos países em que ele é progressivo, ou seja, quanto mais se ganha, mais se paga. Críticos argumentam que os impostos progressivos penalizam quem trabalha duro e consegue ser bem-sucedido.

O OECD Observer, uma publicação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, chama atenção ao fato de que, em adição aos impostos pagos ao governo federal, “os contribuintes talvez tenham de pagar impostos de renda locais, regionais, provinciais ou estaduais. Esse é o caso na Bélgica, no Canadá, na Coréia, nos países escandinavos, na Espanha, nos Estados Unidos, na Islândia, no Japão e na Suíça”.

Os impostos indiretos incluem tributos sobre o consumo, tributos diferenciados sobre consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, e as tarifas alfandegárias. Esses impostos não são tão visíveis, mas ainda assim podem ser um fardo pesado, especialmente para os pobres. Na revista indiana Frontline, a escritora Jayali Ghosh alega que é um mito a idéia de que os contribuintes das classes média e alta pagam o grosso da arrecadação fiscal da Índia. Ghosh diz: “Os impostos indiretos recolhem mais de 95% da arrecadação total para os governos estaduais. . . . É provável que, na verdade, os mais pobres paguem em forma de impostos uma parcela maior de sua renda do que os ricos.” Evidentemente é a carga tributária elevada sobre itens de consumo em massa, como sabão e comida, que causa essa disparidade.

Mas o que os governos fazem com todo o dinheiro que arrecadam?

domingo, 22 de agosto de 2010

‘Uma Declaração Pessimista’

Com essas e muitas outras complicações apertando de todas as direções, os participantes da reunião de 1981 em Ottawa declararam “a necessidade de revitalizar as economias das democracias industrializadas, de atender às necessidades de nosso próprio povo e de fortalecer a prosperidade mundial”.

Contudo, o Star de Toronto classificou o comunicado final deles de “Declaração um tanto pessimista a respeito do futuro econômico do mundo livre”. Os sete líderes concordaram que a “luta para diminuir a inflação e reduzir o desemprego deve ser nossa prioridade principal”. Mas como?

Um editorial no Globe and Mail de Toronto disse: “Nenhuma decisão de grande repercussão no mundo foi tomada, nenhuma iniciativa dramática foi elaborada.” Em vez de fornecer uma “planta” para a economia ocidental, o “comunicado de Ottawa e um desenho tão rústico que dificilmente se pode determinar o que os líderes querem construir . . . Ao passo que existe uma camada superficial de banalidade na maioria dos conjuntos de diretrizes políticas, pode-se em geral enxergar além da camada e encontrar madeira ou aço . . . mas, às vezes, encontra-se papelão — como no caso de Ottawa”. Será que os líderes e seus conselheiros esgotaram seu repertório de idéias?

Contudo, são abordados pontos significativos no comunicado de Ottawa “Precisamos envolver os nossos povos numa apreciação maior da necessidade de mudança; mudança nas expectativas quanto ao crescimento e os lucros, mudança nas relações e práticas do empresariado e da classe operária, mudança no modelo da indústria, mudança na aplicação e escala do investimento e mudança no uso e suprimento de energia”, dizem os líderes. Reivindicam-se mudanças nos empréstimos públicos, nos déficits de orçamento, nas taxas de juros, na volatilidade das taxas de juros e nas taxas de câmbio das moedas, na produção acelerada de alimentos e em assuntos de comércio. Em vez de simplesmente um impulso, a economia necessita desesperadamente de uma completa reformulação!

As economias tiveram problemas anteriormente e se recuperaram. Por que não pode a economia atual reavivar-se sem passar por uma mudança drástica?

Complicações Adicionais

Nos meses recentes, adicionou-se uma nova complicação no emaranhado de problemas que atola a economia — altas recordes nas taxas de juros, especialmente nos E.U.A. Como quando uma pedra é atirada num lago, as ondulações invadiram a economia de todas as nações ocidentais industrializadas.

Nos Estados Unidos as altas taxas de juros tornaram mais difícil a disponibilidade de dinheiro por desestimular os candidatos aos empréstimos de pôr em circulação mais dinheiro inflacionado. Mas as altas taxas de juros também restringem o fluxo de dinheiro nos investimentos comerciais, grandemente necessários para manter em movimento a estagnada economia.

Em outros países as altas taxas de juros nos E.U.A. atraem investidoras que querem transformar o seu dinheiro em dólares norte-americanos. A procura de dólares aumenta o seu valor, ao passo que diminui o valor relativo das outras moedas. As moedas européias caíram cerca de 20 por cento na primeira metade de 1981, alegadamente devido às altas taxas de juros nos Estados Unidos. Os investimentos fluíram através do Atlântico, desacelerando a recuperação européia e estimulando a inflação.

Quando uma moeda vale menos, exige mais dinheiro para pagar pelos bens importados. A inflação sobe. Para manter o dinheiro de investimentos dentro da fronteira, os países aumentaram suas taxas de juros para competir com as dos Estados Unidos. Contudo, taxas mais baixas são necessárias para facilitar tomar emprestado dinheiro para investimentos a fim de estimular suas economias.

Na reunião em Ottawa, o presidente Ronald Reagan dos E.U.A. ficou firme na sua posição de taxa de juro alta em seu país. Os outros líderes se confrontam com o dilema quanto ao que fazer se a política de dinheiro difícil dos E.U.A. não ajudar a controlar a inflação e as taxas de juros continuarem altas.

O crescente desemprego é outra complicação séria. A Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico prevê que o desemprego em seus 24 países membros chegue ao nível mais elevado desde o período de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. Pelo menos um líder europeu afirma que “o desemprego é agora um mal maior do que a inflação”.

O balanço de pagamentos das nações é ainda outro fator a turvar as águas econômicas. Como bloco, a Comunidade Econômica Européia registrou um déficit de quase 10 bilhões de dólares na primeira metade de 1981 em relação ao Japão, um agressivo exportador. Os países industrializados como um todo tiveram em 1980 um déficit no total de 70 bilhões de dólares na conta de pagamentos, devido em grande parte aos preços mais elevados do petróleo importado. Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, por outro lado, pularam para superavits de 3 bilhões de dólares em 1978 para 120 bilhões em 1980. Para os países em desenvolvimento não-produtores de petróleo, contudo, o déficit em conjunto de 79 bilhões de dólares na conta de pagamentos em 1980 aumentou em 1981 e não há alívio à vista.

Tal desequilíbrio desconcertante desvairadamente derruba a inteira economia. As nações industrializadas lutam para corrigir seu próprio balanço de pagamentos enquanto incentivam os países ricos em petróleo a repor em circulação o dinheiro dos superávites, especialmente por darem ajuda aos países menos desenvolvidos, atormentados pela dívida.

Reuniões de Cúpula Sobre Economia

Em novembro de 1975, os líderes de algumas das mais fortes nações industrializadas do mundo — França, República Federal da Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e Estados Unidos — reuniram-se em Rambouillet, França, para falar sobre como resolver os problemas econômicos do mundo. Após três dias de conversações, os líderes saíram da reunião “confiantes em que . . . a recuperação está a caminho”.

Desde então, contudo, os líderes das mesmas nações industriais, agora juntamente com o Canadá, sentiram a necessidade de realizar uma Reunião Econômica a cada ano. O que aconteceu à esperada recuperação?

Dois dias antes da Reunião Econômica de 1981, realizada em Ottawa, no Canadá, o Star de Toronto publicou: “A principal diferença entre a reunião de segunda-feira e a primeira realizada em Rambouillet, França, em 1975, é que atualmente todo mundo é um pouco mais cauteloso a respeito das perspectivas para o futuro em coisas tais como recuperação da economia, aumentar o comércio mundial, reduzir a inflação e aumentar a oferta de empregos.”

Em termos simples, a economia ainda está atolada. E ninguém tem certeza de como conseguir movimentá-la. A inflação persiste teimosamente — com números de dois dígitos em todas as nações participantes da reunião de 1981, com exceção de duas. O crescimento do Produto Nacional Bruto (total dos bens e serviços produzidos) nos países industrializados tem sido longe de ser satisfatório.

O que há de errado com a economia?

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

COMO um carro atolado na lama, a economia mundial está atolada. Existe até mesmo o aviso de que, como um automóvel encalhado com o motor acelerado e as rodas patinhando, os sistemas econômicos mostram sinal de colapso sob a pressão. E todos nós sentimos os efeitos. “Temos que fazer andar a economia!” é o clamor que se ouve agora.

O que está errado? Como é que se espera que a economia funcione?

“A economia” refere-se a um sistema de produção e distribuição de bens e de serviços A economia é basicamente um sistema de troca cooperativa. O dinheiro é usado para compensar os participantes por seus bens e serviços.

Quanto maior a atividade ou o comércio no sistema, tanto maior a demanda de produtividade e tanto maior a oportunidade de troca de bens aumentados. As nações se tornam mais prósperas e seus habitantes podem contemplar um padrão de vida melhor. Uma economia que avança ou se expande é considerada essencial para o progresso e a segurança do mundo.

Este imaginava-se ser o estado geral da economia do mundo ao longo das décadas de 50 e 60. Em meados dos anos 70, contudo, era evidente que alguma coisa estava errada. A “inflação galopante” gerava uma espiral viciosa de aumento de preços. A produção era menor do que a demanda, o desemprego aumentava e os preços continuavam a subir. Em vez de uma eqüitativa troca de riqueza, o abismo entre as nações ricas e as pobres aumentava.

Especialmente de 1973 em diante, os aumentos drásticos no preço do petróleo abalaram o sistema. A economia dependente de energia no mundo ocidental industrializado cambaleou. Os países em desenvolvimento, não-produtores de petróleo, mergulharam desesperançadamente cada vez mais fundo na dívida à medida que importavam os bens necessários e a energia a sempre crescentes preços. Provocando estrago adicional, o instrumento do comércio — o dinheiro — valorizava e desvalorizava erraticamente a moeda de uma nação com relação a de outra. Claramente, a economia “virou fera”.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Para onde vai seu dinheiro?

EM TODAS as partes do mundo, os preços de quase tudo estão subindo. Chama-se a isto de inflação. Ao passo que não é coisa nova, o âmbito e o ritmo dela o são.

Quão grave é considerado o problema? Disse recentemente a publicação Money & Credit: “A inflação é o problema número um, o problema que faz com que todos os outros se reduzam à insignificância. Se se permitir que galope em seu ritmo atual, poderia facilmente destruir o tecido frágil desta e de toda outra sociedade democrática.”

O que torna a situação tão grave é que jamais na história o mundo inteiro se viu envolto em tal inflação ao mesmo tempo. E, nos anos recentes, a taxa de aumento dos preços em muitas nações ganhou ímpeto.

Isto quer dizer que seu dinheiro compra cada vez menos coisas. E, para as pessoas com rendas relativamente fixas ou baixas, trata-se duma avolumante tragédia. Vêem-se incapazes de aumentar sua renda o suficiente para contrabalançar a inflação. Daí, baixa seu padrão de vida.

Medidas a tomar

A primeira medida é fazer um levantamento dos bens. Aliste não apenas o que você possui, mas também o valor de cada bem ou recurso e os seus direitos sobre esse ou como está classificado. (Veja o quadro “Folha de cálculo do patrimônio líquido”.) A maioria dos bens entra numa das seguintes categorias: títulos (ações, apólices, fundos de participação), imóveis (sua casa, propriedades alugadas ou de investimento), contas bancárias (de poupança, conta corrente, fundos do mercado financeiro), propriedades pessoais (coleções, obras de arte, jóias, carros, mobília), seguro de vida, aposentadoria e negócios. Depois de alistar o que possui, faça uma lista do que você deve, como imóveis financiados, empréstimos, promissórias e contas de cartão de crédito. Subtraindo essas obrigações do total dos bens obtém-se o patrimônio líquido. Em muitos países cobra-se um imposto sobre o valor do que se transfere para outros ao morrer. O que se paga de imposto depende do valor líquido dos bens transferidos, de modo que é importante descobrir o valor do seu patrimônio líquido.

A segunda medida é determinar seus objetivos finais, não em termos de quantia, mas o que você deseja fazer tanto para si mesmo como a favor dos seus beneficiários. Em geral, uma pessoa casada deseja dar segurança ao cônjuge. Um pai ou mãe talvez queiram dar certa segurança financeira aos filhos. Um filho adulto talvez providencie cuidados para os pais idosos. Além disso, a pessoa talvez queira incluir certos amigos ou entidades filantrópicas em seu testamento. É importante colocar por escrito quem será incluído no testamento e quais os seus objetivos em relação a essas pessoas.

Não se esqueça de levar em conta as circunstâncias que podem afetar o testamento. Por exemplo, e se o beneficiário morrer antes de você? Gostaria que a parte dele fosse para o cônjuge ou os filhos dele, ou talvez para outra pessoa?

A terceira medida é escolher o responsável por fazer valer seus desejos. Em muitos casos será preciso um testamenteiro ou talvez um tutor e um curador. Independentemente de quem você escolher, escolha pelo menos um substituto e certifique-se de que todos os nomeados estejam dispostos a cuidar da tarefa. O testamenteiro irá juntar seus bens após sua morte, cuidar de procedimentos legais ou de inventário e, por fim, distribuir os bens segundo sua vontade. Em geral, é melhor escolher um membro da família para essa responsabilidade, embora às vezes se possa usar uma instituição financeira, se sua situação for complexa. Nomeie também um tutor no testamento para criar seus filhos caso você e seu cônjuge morram enquanto os filhos são menores. Se você pretende incluir tutela para os filhos, talvez possa nomear o tutor como curador também, desde que ele esteja qualificado para administrar os fundos. Se o tutor não tem prática com finanças, pode-se nomear uma instituição financeira, conforme já mencionado, como curadora ou co-curadora junto com o tutor.

A quarta medida é entender os meios disponíveis para ajudá-lo a alcançar seus objetivos. Gostaria de passar os bens diretamente para o beneficiário ou prefere deixar a propriedade em custódia em benefício dele? Há uma grande diferença. Se deixá-la diretamente para a pessoa, sua influência na propriedade terminará quando você morrer. Mas mesmo após sua morte, você continuará a exercer certo controle sobre a propriedade deixada em custódia. O curador que você nomeou administrará e usará seus bens em favor dos beneficiários segundo suas instruções no documento de custódia. Por exemplo, a custódia pode cuidar das necessidades individuais de filhos menores e daí determinar em que idade(s) eles receberão o controle dos bens abrangidos pela custódia.

O que é um testamento?

Ao preparar um testamento, você decide como seus bens e recursos serão distribuídos após sua morte, e daí toma medidas para que suas decisões se concretizem de forma eficiente e econômica. Essas medidas podem envolver alistar os bens, nomear os beneficiários e preparar documentos de testamento e tutela. Em situações complexas, muito mais pode estar envolvido.

Embora a maioria das pessoas concorde que é sensato fazer esses preparativos, relativamente poucos os fazem. Por incrível que pareça, 70% dos adultos nos Estados Unidos não têm testamento. Algumas desculpas típicas para isso são as seguintes: “Sou muito ocupado. Vou cuidar disso mais tarde.” “Não tenho muito dinheiro nem bens valiosos para deixar.” “Não tenho advogado.” “Não gosto de pensar na minha morte.” “Não sei por onde começar.”

É verdade que pensar em preparar um testamento pode intimidar. Mas não devia ser assim. Para começar, em geral, basta se organizar e entender as decisões que precisa tomar. Como muitas coisas na vida, preparar um testamento fica mais fácil se dividido em fases e resolvido passo a passo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Histórico dos Estados Unidos

Visto que os EUA têm ‘liderado a procissão inflacionária’, é de interesse ver o que acontece com seus hábitos de gastar.

Nos últimos 43 anos, o orçamento doméstico do governo dos EUA tem tido um déficit em 36 destes anos! Sim, 84 por cento do tempo, gastou mais do que ganhou.

Em resultado, o débito do governo atingiu mais de 427 bilhões de dólares no ano fiscal de 1972. Esse é o débito mais elevado da história, e sobe a todo o tempo. Ninguém espera seriamente que seja pago. Ora, apenas os juros a serem pagos por esse débito atingem mais de 23 bilhões de dólares por ano agora!

Esse tipo de gastos deficitários por longo período tinha de produzir maus resultados. E produziu — a inflação constante.

Histórico dos Estados Unidos

Visto que os EUA têm ‘liderado a procissão inflacionária’, é de interesse ver o que acontece com seus hábitos de gastar.

Nos últimos 43 anos, o orçamento doméstico do governo dos EUA tem tido um déficit em 36 destes anos! Sim, 84 por cento do tempo, gastou mais do que ganhou.

Em resultado, o débito do governo atingiu mais de 427 bilhões de dólares no ano fiscal de 1972. Esse é o débito mais elevado da história, e sobe a todo o tempo. Ninguém espera seriamente que seja pago. Ora, apenas os juros a serem pagos por esse débito atingem mais de 23 bilhões de dólares por ano agora!

Esse tipo de gastos deficitários por longo período tinha de produzir maus resultados. E produziu — a inflação constante.

Razão Básica

A inflação pode surgir por vários motivos. Um é a escassez de bens. Na ânsia de obter itens escassos, as pessoas talvez se disponham mais a pagar os preços mais altos que os comerciantes peçam. E, através do mundo de hoje, há bastantes itens, tais como alimento, que estão ficando escassos.

No entanto, uma das razões mais básicas para a inflação é o maior dispêndio governamental do que se obtém de impostos e outras rendas. É de interesse examinarmos essa razão básica, visto que há muito tem sido a mais responsável pela inflação em várias nações. Neste sentido, a World Book Encyclopedia declara:

“Desde o desenvolvimento do sistema bancário e do papel-moeda, durante os últimos 200 ou 300 anos, a inflação tem sido causada principalmente pelos déficits no orçamento dum governo nacional. Cria-se um déficit quando o governo despende mais dinheiro do que coleta.”

Quando ocorre um déficit, o governo tem de pagar de algum jeito as suas contas. A maneira de fazer isto depende da forma de governo. Em muitas nações ocidentais, uma forma é pedir dinheiro emprestado de seus cidadãos por lançar obrigações do tesouro. Mas, isso usualmente não cobre a dívida.

Assim, o que amiúde acontece é que os governos pedem empréstimos aos seus próprios bancos centrais ou nacionais. Onde é que tais bancos conseguem o dinheiro? Quando autorizados pelo governo, lançam créditos ou simplesmente imprimem mais papel-moeda. “Emprestam” isto ao governo a certos juros. Em última análise, o contribuinte é que terá de pagar tal empréstimo e os juros por meio de impostos.

Alguns governos nem se incomodam em ir aos bancos centrais para cobrir os déficits. Simplesmente dizem às suas casas de moedas que imprimam mais papel-moeda. Com este novo dinheiro, pagam suas contas.

Mas, quando os governos lançam mais papel-moeda na economia, sem qualquer coisa de valor real para sustentá-lo, isso significa que há mais dinheiro para adquirir os produtos disponíveis. Isso faz com que os preços aumentem. É parecido um tanto com um leilão: quando há mais dinheiro disponível às pessoas no leilão, isso fará com que seus lances maiores aumentem o preço dos itens.

Sobre a inflação, o Instituto Estadunidense de Pesquisas Econômicas declarou o seguinte:

“Por um quarto de século, os principais sistemas de dinheiro-crédito do mundo têm inflacionado seus respectivos meios de compras [papel-moeda]. Liderando a procissão entre as nações mais industrialmente desenvolvidas, acham-se os Estados Unidos.

“Com efeito, os Estados Unidos não só têm liderado a procissão em criar excessivos meios de compras para uso interno, mas também têm exportado muitos meios inflacionários de compras através de subsídios, empréstimos, e investimentos no exterior, a tal ponto que os dólares são amplamente retidos em enormes somas por estrangeiros, inclusive os dos bancos centrais, que têm operado sob a delusão que um pedaço de papel é tão bom quanto o ouro.”

Por que a inflação mundial?

DESDE a Segunda Guerra Mundial, quase toda nação da terra se vê afligida por preços ascendentes, ou pelo que é chamado de inflação. O que é ímpar, agora, é que a inflação grassa em todo o mundo ao mesmo tempo. Isso nunca aconteceu antes.

Também, a inflação se acelera num país após outro. Por que ocorre esta inflação mundial? Que esperança há de que os preços cessem de subir, ou até mesmo baixem — e permaneçam baixos?

Por que a inflação mundial?

DESDE a Segunda Guerra Mundial, quase toda nação da terra se vê afligida por preços ascendentes, ou pelo que é chamado de inflação. O que é ímpar, agora, é que a inflação grassa em todo o mundo ao mesmo tempo. Isso nunca aconteceu antes.

Também, a inflação se acelera num país após outro. Por que ocorre esta inflação mundial? Que esperança há de que os preços cessem de subir, ou até mesmo baixem — e permaneçam baixos?

Problemas financeiros — o que poderá ajudar?

“O BANQUETE faz você feliz e o vinho o alegra, mas não pode ter nenhum dos dois sem dinheiro.” — Eclesiastes 10:19, Good News Bible.

 O dinheiro causa grande preocupação em cada país. Um motivo disso é a inflação. O custo de vida aumenta cada dia. Muitos não têm nem mesmo o necessário para comprar o alimento de que precisam. É cada vez maior o número dos homens que trabalham em dois empregos, e mais esposas vão trabalhar fora. As famílias sofrem. A saúde sofre. Os problemas financeiros são usualmente aumentados quando entram em cena as compras a crédito. Confiando no crédito, muitos que se endividaram grandemente continuam a gastar dinheiro com objetos de que realmente nem precisam. Isto ocorre não somente nos países desenvolvidos, mas também em regiões em que as pessoas têm poucos recursos.

 Que ajuda prática oferece a Bíblia? Pode ajudá-lo a encontrar ou a reter um emprego? Pode aliviar as preocupações de sua família com o dinheiro, resultando numa vida mais feliz?

domingo, 1 de agosto de 2010

Aprenda o básico

Já perguntou a seus pais o que está envolvido em manter uma casa? Por exemplo, você tem idéia de quanto custa luz, telefone e água por mês? E que dizer de manter um carro, comprar comida e pagar o aluguel ou o financiamento do imóvel? Talvez ache que esses assuntos são chatos. Mas lembre-se de que você ajuda a gerar essas despesas. Além disso, se um dia sair da casa de seus pais, você é que terá de pagar essas coisas. Por isso, seria bom ter uma idéia acerca delas. Peça a seus pais para ver algumas dessas contas e ouça com atenção à medida que eles explicam como fazem um orçamento para pagá-las.

“O sábio escutará e absorverá mais instrução, e homem de entendimento é aquele que adquire orientação perita”, diz um provérbio bíblico. (Provérbios 1:5) Anna, citada antes, diz: “Meu pai me ensinou a fazer um orçamento, e ele me mostrou a importância de ser organizado ao administrar o dinheiro da família.” Também, sua mãe ensinou-lhe outras lições práticas. “Ela me mostrou o valor de comparar preços antes de comprar”, diz Anna, e acrescenta: “Minha mãe fazia milagres com pouco dinheiro.” Como Anna se beneficiou disso? “Agora sou capaz de administrar meu próprio dinheiro. Controlo cuidadosamente o que gasto e assim não tenho dívidas desnecessárias, o que me faz sentir livre e tranqüila.”

Como posso controlar meus gastos?

“Muitas vezes noto que estou querendo comprar algo só porque está em promoção. Algo de que na verdade não preciso e que provavelmente nem posso comprar.” — Anna, Brasil.

“Às vezes meus amigos me convidam para sair e fazer coisas que envolvem gastar muito dinheiro. Eu quero estar com eles e me divertir. Ninguém gosta de dizer: ‘Não posso ir porque não tenho dinheiro.’” — Joan, Austrália.

VOCÊ acha que nunca tem dinheiro suficiente para gastar? Se ao menos a sua mesada fosse um pouco maior, poderia comprar aquele jogo que você tanto quer. Se tivesse um salário melhor, você poderia comprar aqueles sapatos de que “precisa”. No entanto, em vez de se preocupar com o dinheiro que não tem, por que não aprende a controlar o dinheiro que recebe?

Se você for um jovem que mora com os pais, talvez pense em esperar até sair de casa para aprender a administrar seu dinheiro. Mas isso seria igual a pular de um avião sem antes ter aprendido a usar um pára-quedas. É verdade que uma pessoa talvez descobrisse como usá-lo enquanto cai rapidamente para a terra. Mas teria sido muito melhor se, antes de pular, tivesse aprendido os princípios básicos de seu funcionamento.

Da mesma forma, a melhor época para aprender a administrar dinheiro é antes de se confrontar com as duras realidades financeiras da vida. “O dinheiro é para proteção”, escreveu o Rei Salomão. (Eclesiastes 7:12) Mas só será assim se você aprender a controlar seus gastos. Isso fará com que se sinta mais confiante, e aumentará o respeito que seus pais têm por você.

A “onda de materialismo”

Embora seja normal e saudável preocupar-se um pouco com ter dinheiro suficiente, para alguns jovens ele se tornou quase uma obsessão. Quando se perguntou a 160.000 jovens: “O que você mais quer da vida?”, 22% deles responderam: “Ser rico.”

Sem dúvida essa ânsia por dinheiro é estimulada por aquilo que a revista Newsweek chamou de “onda de materialismo” que assola o mundo. “Sou muito materialista e ‘me ligo’ muito em grifes”, diz Martin, de 18 anos. “Acredito mesmo que, se você quiser um produto de qualidade, terá de pagar mais caro. Assim, gasto rios de dinheiro com as coisas que eu quero.” Martin não é o único jovem que ‘gasta rios de dinheiro’. De acordo com U.S.News & World Report, “no ano passado [1995], os jovens de 12 a 19 anos [nos Estados Unidos] gastaram mais dinheiro em compras do que nunca, num total de 109 bilhões de dólares, um aumento de 38% em relação a 1990”.

Mas onde os jovens conseguem dinheiro para tantas roupas novas, CDs e equipamentos de computador? Segundo U.S.News & World Report, “cerca da metade dos jovens de 16 a 19 anos tem emprego de meio período”. Se o jovem for equilibrado, um emprego depois das aulas pode ter suas vantagens, como ensiná-lo a ter responsabilidade. Mas é óbvio que alguns jovens extrapolam. A revista Newsweek diz: “Os psicólogos e os professores percebem a carga dos estudantes [que trabalham]. Eles têm pouco tempo para fazer os deveres de casa, e os professores que regularmente observam estudantes exaustos lutando para manter os olhos abertos com demasiada freqüência reagem baixando seus critérios de avaliação.”

Ainda assim, poucos jovens que trabalham estão dispostos a desistir de sua fonte de renda. “É importante ir à escola”, diz Vanessa, “mas dinheiro também é. E fazer deveres de casa não dá dinheiro”. Para você, é muito importante ganhar dinheiro? O seu objetivo principal na vida é ganhar rios de dinheiro?

O que há de errado em ganhar dinheiro?

“O DINHEIRO é mesmo a coisa mais importante do mundo”, afirmou o dramaturgo britânico George Bernard Shaw. Concorda com ele? Talvez você esteja mais de acordo com Tanya, de 17 anos, que disse: “Não quero ser rica, só ter segurança financeira.” O jovem Avian, também, não encara o dinheiro como a coisa mais importante do mundo, mas como meio para alcançar certos objetivos. Ele diz: “Preciso de dinheiro para minhas necessidades, como roupas e transporte.”

Sabia que a Bíblia concorda com isso? Em Eclesiastes 7:12, ela diz que “o dinheiro é para proteção”. A pobreza já foi chamada de “grande inimiga da felicidade humana”. E ter dinheiro suficiente pode protegê-lo, pelo menos até certo ponto, dos problemas comuns à pobreza. O dinheiro também pode ser de ajuda em caso de calamidades súbitas. “A Bíblia diz que ‘o tempo e o imprevisto sobrevêm a todos’”, diz a jovem Phyllis. “Nunca sabemos quando teremos dificuldades e, por isso, é preciso ter algumas economias.” (Eclesiastes 9:11) E, embora o dinheiro talvez lhe pareça importante agora, poderá desempenhar um papel ainda mais importante no futuro.